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Escrito por Isadora Arantes Pinheiro
Atualizado 27 de Novembro de 2025
Índice
O que é aluguel de ações e por que ele se tornou uma das formas mais inteligentes de gerar renda passiva na bolsa de valores?
Essa prática permite que investidores lucrem com os papéis que já possuem, sem precisar vendê-los.
Pode parecer estranho no início, mas é isso mesmo: você continua com os direitos sobre as ações, como dividendos e valorização, e ainda ganha ao emprestá-las.
Neste artigo, você vai entender como funciona o aluguel de ações, quem são os envolvidos, quais ativos podem ser alugados, os custos, riscos, vantagens, como declarar no IR e o que considerar antes de investir.
Tudo de forma clara, objetiva e segura, para que você possa tomar decisões com confiança, mesmo que esteja começando agora.
Principais pontos
Geração de renda passiva: o aluguel de ações permite lucrar com ativos que já estão na carteira, sem precisar vendê-los.
Segurança na operação: a B3 exige garantias financeiras do tomador e a CBLC atua como contraparte, reduzindo o risco para o doador.
Facilidade de adesão: o processo é simples, pode ser feito online e muitas corretoras oferecem aluguel automático.
Tributação clara e controlada: os rendimentos seguem a tabela regressiva de IR e são informados pela corretora, facilitando a declaração anual.
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O aluguel de ações é uma operação que envolve o empréstimo temporário de ativos de um investidor para outro.
Nesse arranjo, o investidor que possui os papéis, chamado de doador, cede suas ações para um outro investidor, o tomador, por um período previamente definido.
Em troca, o doador recebe uma taxa de remuneração.
Essa operação é feita com a intermediação de uma corretora e registrada na B3, a bolsa brasileira.
Mesmo que as ações fiquem em posse do tomador durante o período de aluguel, o doador continua com todos os seus direitos econômicos, como recebimento de dividendos e bonificações.
Ou seja, ele empresta, mas não deixa de ser dono.
O processo de aluguel de ações envolve três figuras principais:
O investidor que disponibiliza as ações para empréstimo.
Geralmente, trata-se de alguém com perfil de longo prazo, que mantém os ativos na carteira por períodos extensos e deseja gerar renda passiva sem se desfazer deles.
O investidor que solicita o empréstimo das ações.
Costuma ser um trader ou gestor profissional que usa os papéis para executar operações específicas, como venda a descoberto ou estratégias de proteção da carteira (hedge).
A instituição financeira que faz a intermediação entre as partes.
Ela garante que o contrato seja firmado, que as garantias sejam entregues e que todas as etapas estejam dentro das regras da B3 e da CBLC (Câmara de Compensação e Liquidação da B3).
A operação começa quando o doador habilita a sua conta na corretora para permitir a custódia remunerada.
Em outras palavras, ele autoriza a corretora a disponibilizar seus ativos no mercado de aluguel. Esse processo costuma ser feito de forma simples, com poucos cliques na plataforma.
Assim que um tomador demonstra interesse em alugar determinada ação, a corretora intermedia a transação. O contrato é fechado com base em três condições principais:
Durante a vigência do contrato, as ações ficam em posse do tomador, mas o doador continua com os direitos econômicos.
Ao fim do período, os papéis retornam à conta do doador, e a taxa de aluguel é creditada conforme o acordado.
A B3 é responsável por organizar o ambiente de negociação do aluguel de ações, registrando todas as operações realizadas pelas corretoras.
Já a CBLC, que faz parte da estrutura da B3, atua como contraparte central. Isso significa que ela garante que a operação seja honrada, mesmo que uma das partes tenha problemas.
Por meio da exigência de garantias financeiras, a CBLC assegura que o doador receba seus ativos de volta no prazo estipulado ou seja compensado em caso de descumprimento.
Essa estrutura traz robustez e segurança ao sistema como um todo.
A motivação de quem empresta e de quem toma emprestado é bem diferente. Veja os dois lados:
Quando se fala em aluguel de ações, muita gente imagina que apenas os papéis tradicionais das empresas listadas na bolsa entram nessa jogada.
Mas a verdade é que o mercado brasileiro já permite o aluguel de diversos tipos de ativos, ampliando as possibilidades para quem deseja gerar renda extra com a própria carteira.
Veja os principais ativos elegíveis:
As ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) são os ativos mais comuns no mercado de aluguel.
Elas representam a maior parte dos contratos em circulação, principalmente papéis de empresas com grande volume de negociação, como Petrobras, Vale e Itaú.
Quanto maior a liquidez da ação, maior a probabilidade de haver demanda para o aluguel, o que, por consequência, pode elevar a taxa paga ao doador.
Os ETFs, ou fundos de índice, também podem ser alugados. Eles funcionam como um "pacote" de ações que replicam um determinado índice, como o Ibovespa ou o S&P 500.
Por serem negociados como uma ação comum na bolsa, também entram na lista de ativos que podem gerar renda passiva via aluguel.
A demanda por ETFs costuma vir de investidores institucionais ou de traders que fazem hedge de posições mais amplas.
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são certificados que representam ações de empresas estrangeiras, como Apple, Amazon ou Tesla, negociados aqui no Brasil.
Eles também podem ser alugados, especialmente por quem deseja montar estratégias de arbitragem ou proteção de carteira com exposição internacional.
No entanto, nem todos os BDRs têm liquidez suficiente para esse tipo de operação, então a viabilidade depende do papel específico.
Embora muitos investidores considerem os FIIs como instrumentos mais conservadores e voltados para longo prazo, esses ativos também podem ser objeto de aluguel.
Fundos com maior liquidez e volume de negociação, como o KNRI11 ou o HGLG11, frequentemente aparecem entre os mais alugados.
O aluguel de FIIs pode ser uma alternativa interessante para gerar receita adicional sem abrir mão da distribuição mensal de rendimentos.
Para que qualquer um desses ativos possa ser alugado, dois critérios são fundamentais:
Se um ativo não for líquido o suficiente, ele dificilmente será alugado, ou terá taxas muito baixas, tornando a operação pouco vantajosa para o doador.
Antes de entrar em uma operação de aluguel de ações, seja como doador ou tomador, é essencial compreender todos os custos envolvidos.
Esses valores impactam diretamente a rentabilidade da operação e, por isso, precisam ser analisados com atenção.
A seguir, veja os principais encargos que fazem parte dessa estratégia:
Essa é a remuneração que o doador recebe pelo empréstimo das ações. A taxa não é fixa e varia conforme a oferta e a demanda no mercado.
Papéis com alta procura, como os utilizados em estratégias de venda a descoberto, geralmente apresentam taxas mais elevadas.
O percentual é anual, mas o cálculo é proporcional aos dias em que o contrato estiver vigente. A corretora geralmente exibe essa taxa em tempo real, o que facilita a tomada de decisão.
Trata-se da tarifa cobrada pela corretora para intermediar o contrato de aluguel.
O valor pode variar conforme a política da instituição.
Muitas corretoras, no entanto, têm isentado essa cobrança em contratos de custódia remunerada, especialmente como incentivo para que os investidores disponibilizem seus ativos no sistema de aluguel.
A B3 também cobra sua parte na operação. A taxa é de 0,25% ao ano sobre o valor financeiro do contrato, com um valor mínimo de R$ 10 por contrato fechado.
Esse custo é calculado proporcionalmente ao tempo do empréstimo e costuma ser retido automaticamente no momento da liquidação da operação.
A remuneração que o investidor recebe ao alugar suas ações é tributada como se fosse uma aplicação de renda fixa.
Isso significa que a alíquota do Imposto de Renda segue a tabela regressiva, que varia conforme o tempo em que os recursos permanecem investidos:
A corretora já retém o imposto automaticamente no momento do repasse, mas isso não isenta o investidor de declarar.
No Imposto de Renda, os valores devem constar na ficha “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”.
Além disso, o investidor deve declarar os ativos na ficha de “Bens e Direitos”, informando o valor de aquisição.
A organização e o correto preenchimento desses dados garantem que você esteja em dia com a Receita Federal e evite erros na sua declaração anual.
Embora o aluguel de ações seja considerado seguro, há sempre um risco de que o tomador não devolva os papéis na data combinada.
Para evitar prejuízos nesse tipo de situação, a CBLC (Câmara de Compensação da B3) exige garantias financeiras que cubram o valor total da operação.
Essas garantias são depositadas pelo tomador no ato do contrato e podem incluir:
Títulos públicos, como o Tesouro Selic
Ações de alta liquidez
Cotas de fundos de investimento
Dinheiro em conta corrente ou na própria corretora.
Caso o tomador descumpra o contrato, essas garantias são automaticamente executadas para recompor o patrimônio do doador.
Além disso, o sistema da B3 monitora as operações em tempo real e exige recomposição imediata das garantias caso haja oscilações que comprometam a cobertura mínima.
Esse nível de controle é o que torna o aluguel de ações uma prática tão confiável.
O aluguel de ações é vantajoso tanto para quem empresta quanto para o mercado como um todo. Veja os principais benefícios para o doador:
O investidor monetiza ativos que já possui, sem precisar vendê-los ou mudar sua estratégia de longo prazo.
Mesmo durante o período de aluguel, o doador continua recebendo dividendos, juros sobre capital próprio e participando de eventos corporativos.
Ao disponibilizar ações para aluguel, o investidor contribui com o funcionamento saudável do mercado secundário, favorecendo a formação de preços e a execução de estratégias por outros agentes.
Atualmente, muitas corretoras permitem automatizar o processo com apenas um clique, tornando tudo mais prático e acessível.
Para quem adota o estilo buy and hold, essa é uma maneira eficiente de gerar retorno extra sem abrir mão da exposição à valorização das ações.
Apesar das vantagens, o aluguel de ações carrega alguns riscos que merecem atenção, mesmo sendo mitigados por mecanismos robustos de segurança. Os principais são:
Risco de inadimplência: embora raro, o tomador pode não devolver os ativos no prazo. Nesse caso, as garantias são acionadas, mas o processo pode envolver alguma fricção.
Perda de liquidez: enquanto as ações estiverem alugadas, o doador não pode vendê-las. Se surgir uma urgência, será preciso esperar o fim do contrato.
Short squeeze: caso o papel alugado suba bruscamente, o tomador pode ter dificuldade para recomprá-lo, gerando distorções no mercado e afetando novas operações.
Esses riscos não anulam a atratividade da estratégia, mas exigem cautela na escolha dos ativos, atenção ao prazo do contrato e acompanhamento periódico.
Alugar ações pela corretora é um processo simples.
Comece acessando sua conta e habilitando a custódia remunerada, que autoriza a corretora a disponibilizar seus ativos para aluguel no sistema da B3.
Depois, escolha os ativos que deseja oferecer.
A maioria das plataformas mostra quais papéis estão em demanda e qual a taxa de remuneração sugerida. Assim, você pode decidir com mais estratégia.
Em seguida, confirme as condições do contrato, como prazo e taxa de aluguel. A corretora intermedia a operação automaticamente.
Você pode acompanhar os contratos ativos e os rendimentos gerados direto na plataforma, com relatórios claros para controle e declaração no IR.
Se preferir agilidade, ative o aluguel automático, disponível em corretoras como XP, Rico, Clear e Modal.
Com ele, seus papéis são alugados sempre que houver demanda, sem que você precise autorizar a cada nova operação.
Declarar corretamente o aluguel de ações é uma etapa simples, mas essencial. A seguir, o que você deve fazer na hora de preencher sua declaração anual:
A corretora envia, geralmente entre fevereiro e março, o informe de rendimentos com todos os dados organizados.
Utilize esse documento como base para garantir uma declaração sem erros e evitar cair na malha fina.
Confira abaixo como o aluguel de ações se compara a outras estratégias comuns do mercado:
Estratégia
Características
Relação com Aluguel de Ações
Aluguel de Ações
Empréstimo de ativos com remuneração passiva; operação simples, sem alavancagem
É uma estratégia passiva que gera renda com ativos já na carteira
Long & Short
Compra de um ativo e venda de outro simultaneamente; exige análise constante e rebalanceamento
Depende do aluguel de ações para realizar a venda “short”
Derivativos
Envolve contratos como opções e futuros; exige margens, tem risco elevado e demanda conhecimento técnico
O aluguel serve como base para operações com derivativos, mas é menos arriscado e mais acessível ao investidor
O aluguel de ações é uma solução eficiente para transformar ativos parados em renda extra recorrente.
É uma estratégia de baixo risco, com boa previsibilidade e fácil de implementar por meio das plataformas atuais.
Ao conhecer bem os mecanismos de funcionamento, os custos envolvidos e os seus próprios objetivos como investidor, é possível utilizar o aluguel de ações como uma ferramenta estratégica dentro da sua carteira.
Se você busca maneiras de potencializar seus ganhos sem abrir mão do seu perfil conservador ou de longo prazo, vale a pena considerar o aluguel de ações como seu próximo passo.
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Sim. A operação é considerada segura, com intermediação da corretora, garantias exigidas pela CBLC e risco de inadimplência muito baixo.
É ideal para investidores de longo prazo que buscam renda passiva sem vender ações. Não é recomendada para quem precisa de liquidez imediata ou faz operações frequentes.
Ações, ETFs, BDRs e cotas de FIIs, desde que tenham liquidez e estejam listados na B3.
Os rendimentos seguem a tabela regressiva do IR (de 22,5% a 15%). A corretora retém o imposto na fonte, e o valor deve ser declarado.
É uma opção disponível em várias corretoras. Após ativar, seus ativos são alugados automaticamente sempre que houver demanda.
Não. Durante o período do contrato, os papéis ficam indisponíveis. É necessário esperar o encerramento da operação para vender.
Isadora Arantes Pinheiro
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