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Dividend Yield: o que é, como funciona e como calcular

Atualizado 26 de Setembro de 2025

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Índice

    O que é dividend yield? Se você está começando a investir e ouviu esse termo pela primeira vez, respira fundo, porque ele pode ser um dos melhores aliados de quem quer viver de renda passiva.

    Para quem busca retorno constante sem precisar vender ações, entender esse indicador é o primeiro passo para montar uma carteira que realmente trabalhe por você.

    Neste artigo, você vai descobrir não só a definição de dividend yield, mas também como ele funciona, como calcular na prática, quando ele é confiável e quando vira armadilha.

    Vamos falar de empresas que distribuem lucros, mostrar a diferença entre dividend yield histórico e projetado, além de comparar o DY com outros indicadores importantes como Selic, CDI e payout ratio.

    Principais pontos

    • O dividend yield mostra o retorno em dividendos de uma ação.

    • DY alto pode indicar oportunidade ou esconder riscos.

    • Use DY histórico e projetado para uma análise mais completa.

    • Reinvista dividendos e compare com a renda fixa antes de decidir.

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    O Que é Dividend Yield (DY)?

    Dividend yield, também chamado de DY, é um indicador que mostra o quanto uma ação retorna em forma de dividendos ao investidor em relação ao seu preço de mercado.

    Traduzindo: é a porcentagem do valor investido que você recebe de volta todo ano, só pelos dividendos.

    Imagine o DY como o “aluguel” da sua ação. Você compra o papel e, em troca, recebe uma fatia do lucro da empresa. O DY mostra o tamanho dessa fatia.

     

    Definição de dividend yield:

    Dividend yield = dividendos pagos por ação ÷ preço atual da ação

    Depois, multiplica-se por 100 para chegar ao percentual.

     

    Exemplo rápido:

    Se uma empresa pagou R$ 2 por ação ao longo do ano e a ação custa hoje R$ 40, então:

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    Isso significa que, se nada mudar, você receberá 5% ao ano só de dividendos.

    Simples, direto e muito poderoso, especialmente quando os lucros da empresa são estáveis e o pagamento é previsível.

     

    Como Calcular o Dividend Yield

    Embora o conceito seja simples, o cálculo do dividend yield merece atenção, principalmente porque muitos investidores olham apenas o número final, sem questionar a origem dele.

     

    Fórmula do dividend yield:

     

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    Passo a passo:

    1. Consulte os dividendos pagos nos últimos 12 meses (dividendos brutos por ação).

    2. Veja o preço atual da ação (cotação em bolsa).

    3. Aplique a fórmula.

    Exemplo de dividend yield na prática:

    A ação ABCD3 pagou R$ 1,20 em dividendos nos últimos 12 meses. Hoje, ela está sendo negociada a R$ 30.

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    Ou seja, quem comprou essa ação hoje e mantiver o papel, terá um retorno de 4% ao ano, sem vender a ação, apenas com os proventos.

     

    Dividend Yield: Bom ou Ruim?

    Esse é um dos pontos mais polêmicos do DY. Muita gente acha que quanto maior o percentual, melhor. Mas a verdade é que nem sempre um dividend yield alto é um bom sinal.

    Quando o DY é bom:

    • A empresa tem lucros consistentes ao longo dos anos.

    • O payout ratio (percentual do lucro distribuído em dividendos) é equilibrado.

    • Há uma política clara de distribuição, formalizada em estatuto.

    • A empresa atua em setores previsíveis e maduros (como energia ou bancos).

    • O DY está dentro da média histórica e não resulta de uma queda abrupta no preço da ação.

    Quando o DY é ruim (armadilha do dividend yield):

    • O preço da ação caiu por algum problema estrutural (escândalo, prejuízo, dívida alta).

    • O DY está artificialmente inflado, sem relação com lucros sustentáveis.

    • A empresa paga mais dividendos do que deveria, comprometendo o reinvestimento e o crescimento.

    Conclusão parcial:


    Antes de comemorar um DY de dois dígitos, verifique o motivo pelo qual ele está alto. Pode ser uma joia ou uma cilada disfarçada de oportunidade.

     

     

    Tipos de Dividend Yield

    O dividend yield pode ser analisado de duas formas principais: histórico e projetado.

    Entender a diferença entre eles é essencial para avaliar com mais precisão o retorno de uma ação.

     

     Dividend Yield Histórico

    O DY histórico é o mais utilizado no mercado. Ele considera os dividendos pagos nos últimos 12 meses e divide esse valor pelo preço atual da ação.

    É fácil de consultar em plataformas como B3, Status Invest ou Suno.

    Esse indicador oferece uma visão clara do comportamento passado da empresa em relação à distribuição de lucros.

    Porém, não capta mudanças recentes no desempenho ou na política de dividendos.

    Uma empresa que teve bons resultados no passado pode não repetir o desempenho no futuro e o DY histórico pode mascarar isso.

     

    Dividend Yield Projetado

    Já o DY projetado é uma estimativa baseada em projeções de lucro e na política de distribuição esperada. Ele ajuda a antecipar oportunidades, principalmente em empresas em crescimento.

    A principal vantagem é que ele considera o cenário futuro.

    No entanto, como é baseado em previsões, pode ser afetado por erros de análise, mudanças de mercado ou revisões estratégicas da própria empresa.

     

    Dica prática:

    Use os dois tipos em conjunto. O DY histórico mostra o que a empresa já fez. O projetado aponta o que ela pode fazer.

    Essa comparação oferece uma visão mais estratégica e completa para quem busca renda passiva com ações.

     

     

    Fatores Que Influenciam o Dividend Yield

    O dividend yield depende de uma série de fatores que, juntos, moldam a consistência e a sustentabilidade do retorno oferecido ao investidor.

    Entender esses elementos ajuda você a evitar armadilhas e identificar oportunidades reais de renda passiva com ações.

     

    1. Preço da ação

    Como o dividend yield resulta da divisão entre os dividendos pagos e o preço da ação, qualquer variação na cotação impacta diretamente esse indicador.

    Quando o preço de uma ação cai por exemplo, de R$ 30 para R$ 20, o DY aumenta, mesmo que os dividendos continuem os mesmos.

    Esse efeito pode criar falsas oportunidades. Muitas vezes, empresas em crise sofrem queda no valor de mercado e acabam exibindo um DY inflado, que não reflete uma boa saúde financeira.

    Antes de se impressionar com o número, analise o motivo da desvalorização.

     

    2. Lucro da empresa

    A empresa só distribui dividendos quando gera lucro.

    Empresas que mantêm lucros consistentes oferecem maior segurança para quem investe buscando renda passiva.

    Quando os lucros se mostram pontuais ou negativos, o DY perde credibilidade e passa a sinalizar risco.

    Lucros recorrentes e sustentáveis sustentam dividendos confiáveis. Já os lucros extraordinários vindos, por exemplo, da venda de ativos não garantem pagamentos no futuro.

     

    3. Payout ratio

    O payout ratio revela qual parte do lucro líquido a empresa distribui aos acionistas.

    Empresas com perfil mais conservador retêm uma fatia maior dos lucros para reinvestir no negócio, enquanto companhias maduras distribuem uma parcela maior.

    Quando o payout ultrapassa os 90%, a empresa reduz sua capacidade de crescer e investir.

    Por outro lado, manter o payout em torno de 30% costuma representar equilíbrio entre remuneração ao investidor e reinvestimento.

     

    4. Política de dividendos

    Empresas que definem uma política clara de dividendos geram mais confiança no mercado.

    Algumas seguem o mínimo exigido por lei (25%), enquanto outras distribuem dividendos de forma agressiva, em base trimestral ou até mensal.

    Ao formalizar essa política, a empresa facilita o planejamento dos investidores e transmite previsibilidade.

    Isso representa um diferencial especialmente valioso para quem deseja montar uma carteira de renda recorrente.

     

    5. Fluxo de caixa livre

    Para pagar dividendos com segurança, a empresa precisa gerar fluxo de caixa livre, ou seja, dinheiro real após quitar custos operacionais e realizar investimentos essenciais.

    Mesmo quando o lucro aparece no balanço, a falta de caixa impede a empresa de manter a distribuição.

    Avaliar o fluxo de caixa ajuda o investidor a saber se a companhia consegue pagar dividendos sem comprometer sua estrutura financeira.

     

    6. Governança e transparência

    Empresas que praticam uma boa governança corporativa adotam regras claras, prestam contas com regularidade e alinham os interesses da gestão com os dos acionistas.

    Essa conduta reduz riscos e torna o comportamento da empresa mais previsível.

    Companhias com decisões inconsistentes, conflitos de interesse ou mudanças bruscas na política de dividendos dificultam o planejamento de longo prazo, mesmo com um DY aparentemente atrativo.

     

    Como Usar o Dividend Yield na Prática

    Agora que você já entendeu o que é o dividend yield, como calcular e quais riscos ele envolve, chegou a hora de usar esse indicador na prática.

    Com uma leitura correta, ele ajuda você a tomar decisões mais seguras e montar uma boa estratégia de renda passiva com ações.

     

    Montar uma carteira de renda passiva

    Se você quer receber dividendos com regularidade, precisa olhar para ações que pagam bem. Dê preferência a empresas que têm um histórico de lucros estáveis e boas práticas de gestão.

    Alguns exemplos: Taesa, Engie, Banco do Brasil e Itaúsa. Essas companhias atuam em setores mais previsíveis, como energia e finanças.

    Por isso, costumam distribuir dividendos mesmo em momentos difíceis.

     

    Diversificar com FIIs

    Além de ações, você também pode investir em fundos imobiliários (FIIs). Eles pagam rendimentos todos os meses e, muitas vezes, entregam retornos acima de 0,8% ao mês.

    Os FIIs permitem que você invista em imóveis como shoppings, hospitais e prédios comerciais sem precisar comprar um imóvel de verdade.

    Isso ajuda a reduzir o risco e a tornar sua carteira mais estável.

     

    Reinvestir os dividendos

    Quando você reinveste os dividendos, consegue acelerar o crescimento do seu patrimônio. Em vez de gastar o dinheiro, você compra novas ações ou cotas.

    Essa estratégia aproveita os juros compostos, que aumentam seus ganhos com o tempo. Muitos investidores usam essa técnica para fazer a renda passiva crescer mês após mês.

     

    Comparar com investimentos de renda fixa

    Antes de investir só pelo DY, compare o retorno com opções mais seguras, como Selic e CDI. Se o DY for maior que o CDI líquido (já com desconto do imposto), a ação pode valer mais a pena.

    Mas atenção: ações têm mais risco e os preços variam. Por isso, é importante entender o contexto da empresa antes de decidir.

     

    Usar a análise fundamentalista

    O DY não diz tudo. Para ter uma visão completa, combine o DY com outros indicadores financeiros. Isso ajuda você a saber se a empresa é mesmo forte e segura.

    Veja alguns exemplos:

    • Lucro por Ação (LPA): mostra quanto a empresa lucrou por ação.
    • ROE: mostra se a empresa usa bem o dinheiro dos sócios.
    • Margem líquida: mostra o lucro em relação à receita total.
    • Dívida/EBITDA: indica se a empresa consegue pagar suas dívidas.
    • ROIC: mostra o retorno sobre o dinheiro investido no negócio.
       

    Esses dados ajudam a escolher empresas que pagam dividendos de forma consistente e que ainda têm boa saúde financeira.

     

    Casos de Estudo: Dividend Yield na Bolsa Brasileira

    O dividend yield mostra o retorno de uma ação, mas não conta tudo. É importante entender o cenário da empresa para saber se esse número faz sentido.

    Vamos ver três exemplos de empresas brasileiras com DY alto e o que isso realmente significava.

     

    Caso 1: Taesa (TAEE11)

    A Taesa atua no setor de energia elétrica. Esse setor tem pouca variação de receita e traz previsibilidade. Por isso, a empresa mantém um DY alto e constante ao longo dos anos.

    Ela tem uma política clara de distribuição de lucros. Também mantém o caixa forte e o nível de dívida sob controle. Com isso, consegue pagar bons dividendos sem prejudicar o negócio.

    Muitos investidores que buscam renda passiva com ações escolhem a Taesa por esse motivo. Ela representa um bom exemplo de DY sustentável no longo prazo.

     

    Caso 2: Cielo (CIEL3)

    Em 2017, a Cielo chamou atenção com um DY alto. Naquele momento, ela liderava o mercado de maquininhas e tinha pouca concorrência. Isso gerava bons lucros e atraía investidores.

    Mas essa fase durou pouco. A concorrência aumentou, as margens caíram e os lucros diminuíram.

    A empresa começou a perder mercado e reduziu os dividendos. Ao mesmo tempo, o valor das ações caiu muito.

    Quem comprou a ação apenas por causa do DY acabou se frustrando. O número parecia bom, mas escondia problemas. Esse caso mostra que o DY, sozinho, pode enganar.

     

    Caso 3: Petrobras (PETR4)

    Em 2022, a Petrobras teve um DY muito alto, mais de 60%.

    Isso aconteceu porque o preço do petróleo subiu bastante e a empresa lucrou muito naquele ano. Ela distribuiu boa parte desse lucro como dividendo.

    Mas o cenário da Petrobras é mais arriscado. Ela depende do dólar, do petróleo e de decisões políticas. Isso dificulta prever os lucros e os dividendos nos anos seguintes.

    Depois de 2022, a empresa já reduziu o valor pago. Por isso, o DY alto daquele ano não se repetiu.

    O exemplo da Petrobras mostra que lucros excepcionais podem inflar o DY, mas não garantem um padrão de longo prazo.

     

     

    Conclusão

    Saber o que é dividend yield é essencial para qualquer investidor que quer viver de renda ou montar uma carteira sólida de longo prazo. Mas é preciso mais do que olhar para o número.

    O DY ideal é o mais consistente. E quando usado com inteligência, ele se transforma em uma poderosa alavanca para conquistar sua independência financeira com foco em renda passiva com ações.

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      Perguntas Frequentes

      É a sigla para dividend yield, indicador que mede o retorno percentual dos dividendos sobre o preço da ação.

      Divida os dividendos pagos por ação pelo preço atual da ação e multiplique por 100.

      Nem sempre. Pode sinalizar uma boa empresa ou esconder problemas sérios. Analise o contexto.

      Quando o DY está alto por causa da queda do preço da ação e não por força da empresa. Cuidado!

      Sim! É um dos principais indicadores nos FIIs, que distribuem rendimento mensal.

      Depende do seu perfil e objetivo. Em média, DYs entre 5% e 8% ao ano são saudáveis e sustentáveis

      Isadora Arantes Pinheiro

      Isadora Arantes Pinheiro

      SEO Content Writer

      Isadora é uma copywriter brasileira especializada em mercado financeiro e tecnologia. Com mais de 2 anos de experiência, ela combina profundo conhecimento técnico com uma abordagem estratégica, tornando conteúdos complexos acessíveis e cativantes para o público.

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