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O que é Mercantilismo: Definição, História e Conceitos

Verificado por Rania Gule

Atualizado 19 de Novembro de 2025

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Índice

    O mercantilismo foi um dos sistemas econômicos mais marcantes da história, responsável por moldar o comércio mundial entre os séculos XVI e XVIII.

    Esse modelo deu origem ao fortalecimento dos Estados-Nação modernos, à colonização e ao nascimento de uma economia globalizada.

    Ele defendia que a riqueza de uma nação deveria ser medida pela acumulação de metais preciosos, especialmente ouro e prata, e que o Estado deveria controlar e intervir diretamente nas trocas comerciais.

    Esse controle não era casual: estava vinculado ao absolutismo, ao poder centralizado dos reis e ao fortalecimento de sua autoridade.

    Neste artigo, vamos entender em profundidade o que é mercantilismo, sua definição, origem, principais características, tipos, impacto no Brasil, declínio e legado.

    Principais pontos

    • Sistema econômico dos séculos XVI a XVIII.

    • Metais preciosos, protecionismo e pacto colonial

    • Bulionismo, colbertismo, comercialismo e modelo ibérico.

    • Queda com o liberalismo, mas influência duradoura.

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    Definição de Mercantilismo

    O mercantilismo pode ser definido como um sistema econômico que vigorou na Europa do século XVI ao XVIII.

    Seu princípio central era simples, mas poderoso: quanto mais metais preciosos uma nação acumulasse, mais rica e poderosa ela se tornaria.

    Essa lógica ficou conhecida como metalismo ou bulionismo, prática especialmente forte em países como Espanha e Portugal.

    No entanto, reduzir o mercantilismo apenas à busca por ouro e prata seria simplificar demais.

    O sistema englobava também políticas de balança comercial favorável, em que os países buscavam exportar mais do que importavam, garantindo entrada de riqueza e diminuindo a saída de metais.

    Para isso, o estado intervinha diretamente na economia, regulando tarifas, controlando monopólios e estabelecendo colônias voltadas para o abastecimento da metrópole.

    Outro ponto essencial era sua ligação com o absolutismo.

    Reis como Luís XIV, na França, utilizavam o mercantilismo para centralizar poder, garantir receitas ao Estado e financiar guerras, exércitos e palácios.

    Assim, o mercantilismo não se limitava à economia: ele era uma ferramenta política de consolidação do poder real.

     

    Contexto histórico e origem do Mercantilismo

    O mercantilismo surgiu em um momento de grandes transformações.

    Durante a transição do feudalismo para o capitalismo comercial, a Europa vivia mudanças sociais, políticas e econômicas profundas.

    A antiga economia agrícola cedia espaço a uma nova forma de comércio, estimulada pelas descobertas marítimas e pela ampliação das rotas de navegação.

    A expansão marítima europeia abriu caminho para a colonização das Américas, da África e da Ásia.

    Países como Portugal e Espanha assumiram a liderança inicial nesse processo, explorando territórios, estabelecendo colônias e garantindo recursos valiosos.

    Posteriormente, outras potências, como França, Inglaterra e Holanda, entraram nessa disputa global.

    Esse cenário também marcou o fortalecimento dos Estados-Nação modernos. Reis e rainhas centralizaram poder, reduziram a influência da nobreza feudal e encontraram no mercantilismo uma forma de ampliar a arrecadação.

    Paralelamente, a burguesia mercantil ganhou força, já que os mercadores desempenhavam papel estratégico nesse novo modelo econômico.

    Assim, o mercantilismo nasceu como resposta a uma necessidade histórica: fortalecer os reinos europeus, ampliar a influência política e garantir supremacia econômica em um mundo cada vez mais interconectado.

     

    Características do Mercantilismo

    O mercantilismo possuía características marcantes que o diferenciavam de outros sistemas econômicos:

    Acumulação de metais preciosos (metalismo ou bulionismo)
    Ouro e prata eram considerados sinônimos de riqueza. Países buscavam explorar minas, saquear colônias ou manter saldos positivos na balança comercial para acumular metais.

    Balança comercial favorável
    Exportar mais do que importar era regra fundamental. Isso garantia entrada de riqueza e reforçava a supremacia econômica.

    Protecionismo alfandegário
    Governos criavam barreiras, tarifas e impostos para proteger indústrias nacionais contra concorrência estrangeira.

    Monopólio colonial mercantilista
    Colônias existiam para abastecer a metrópole com matérias-primas e consumir seus produtos manufaturados. Esse sistema ficou conhecido como pacto colonial.

    Intervenção do Estado na economia
    O Estado controlava a produção, o comércio e a arrecadação. Essa intervenção reforçava o absolutismo.

    Colonização e comércio global
    O mercantilismo estava diretamente ligado à expansão colonial e ao estabelecimento de rotas marítimas que ligavam Europa, África e América.

    Esses elementos, combinados, transformaram o mercantilismo em um dos sistemas mais poderosos da história, capaz de remodelar economias inteiras.

     

    Tipos de Mercantilismo

    O mercantilismo não foi homogêneo. Cada país europeu adaptou-o à sua realidade, originando diferentes tipos:

    • Bulionismo (metalismo)
      Praticado sobretudo pela Espanha, baseava-se na extração de metais preciosos da América. O ouro e a prata do Peru e do México abasteciam a metrópole.
       
    • Colbertismo
      Modelo francês, liderado pelo ministro Jean-Baptiste Colbert no reinado de Luís XIV. Foco em manufaturas, protecionismo e fortalecimento da indústria.
       
    • Comercialismo inglês
      Voltado para o comércio marítimo, as Companhias das Índias Orientais desempenharam papel central. A Inglaterra investiu em frota naval e se tornou potência global.
       
    • Mercantilismo ibérico
      Portugal explorava colônias como o Brasil, voltadas para a exportação de açúcar, ouro e pau-brasil.
       

    Comparar esses modelos ajuda a entender como cada país encontrou caminhos diferentes dentro da mesma lógica mercantilista.

     

    O Mercantilismo no Brasil

    No Brasil, o mercantilismo se manifestou diretamente por meio do pacto colonial imposto por Portugal.

    Esse sistema determinava que a colônia deveria produzir matérias-primas e exportá-las exclusivamente para a metrópole, além de importar apenas produtos portugueses.

    Durante o período colonial, o Brasil se especializou na produção de açúcar, tabaco, ouro e, mais tarde, café.

    Esses produtos eram enviados para Portugal, que lucrava com sua revenda no mercado europeu.

    A lógica mercantilista mantinha o Brasil em posição de dependência, sem liberdade para desenvolver manufaturas ou comércio próprio.

    Esse modelo teve efeitos duradouros. Ele restringiu o desenvolvimento econômico autônomo da colônia e consolidou um padrão de exploração que deixou marcas na economia brasileira até o século XIX.

     

    Declínio do Mercantilismo e Críticas

    O mercantilismo entrou em declínio a partir do século XVIII, em meio a críticas e transformações globais. Entre os principais fatores, destacam-se:

    • Críticas dos fisiocratas
      Pensadores franceses defendiam que a riqueza vinha da terra e da agricultura, não da acumulação de metais.
       
    • Economia clássica
      Adam Smith, em “A Riqueza das Nações” (1776), criticou o protecionismo e defendeu o livre-comércio como forma de estimular a prosperidade geral.
       
    • Revolução Industrial
      O avanço da indústria exigiu novas formas de produção e comércio, incompatíveis com o protecionismo rígido.
       
    • Crescimento da concorrência internacional
      A rigidez dos monopólios e das barreiras alfandegárias dificultava o desenvolvimento econômico no novo cenário.
       

    Assim, o mercantilismo perdeu espaço para o capitalismo liberal, mas deixou lições que permanecem atuais.

     

    Legado do Mercantilismo na política econômica

    Mesmo após seu declínio, o mercantilismo deixou marcas profundas. Ele contribuiu para:

    • Fortalecer o Estado moderno e o papel da política econômica.

    • Consolidar práticas de proteção comercial que ainda hoje aparecem em guerras tarifárias.

    • Ampliar o comércio global e criar bases para a globalização.

    • Estabelecer a noção de balança comercial como indicador fundamental da economia.

     

    Conclusão

    O mercantilismo representou uma era inteira da história mundial. Sua lógica de acumulação de metais preciosos, protecionismo e centralização do poder estatal transformou a forma como os países se relacionavam entre si.

    No Brasil, deixou marcas profundas por meio do pacto colonial, que limitou a autonomia econômica e reforçou a exploração.

    No cenário global, abriu caminho para a colonização, o comércio internacional e a ascensão dos Estados-Nação modernos.

    Embora tenha perdido espaço diante do capitalismo liberal e da Revolução Industrial, o mercantilismo permanece vivo como legado.

    Suas ideias ainda ressoam em debates sobre protecionismo, globalização e papel do Estado na economia.

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    Índice

      Perguntas Frequentes

      É um sistema econômico e político dos séculos XVI a XVIII baseado na acumulação de metais preciosos, intervenção estatal e busca por balança comercial favorável.

      Acumulação de metais, protecionismo, monopólio colonial, pacto colonial e forte intervenção do Estado na economia.

      Bulionismo, Colbertismo, comercialismo inglês e mercantilismo ibérico.

      Portugal aplicou o pacto colonial, restringindo a economia brasileira à exportação de produtos e exploração de recursos para a metrópole.

      Com o surgimento das ideias de livre-comércio, fisiocracia e economia clássica, além da Revolução Industrial.

      Deixou bases para o comércio global, para o fortalecimento do Estado-Nação e para a criação de políticas de proteção econômica.

      Isadora Arantes Pinheiro

      Isadora Arantes Pinheiro

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      Rania Gule

      Rania Gule

      market analyst

      A market analyst and member of the Research Team for the Arab region at XS.com, with diplomas in business management and market economics. Since 2006, she has specialized in technical, fundamental, and economic analysis of financial markets. Known for her economic reports and analyses, she covers financial assets, market news, and company evaluations. She has managed finance departments in brokerage firms, supervised master's theses, and developed professional analysis tools.

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