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Escrito por Isadora Arantes Pinheiro
Atualizado 22 de Setembro de 2025
Índice
O que são derivativos? Se você está começando a investir ou quer entender melhor o funcionamento dos mercados financeiros, essa é uma das primeiras perguntas que deve fazer.
Esses contratos protegem empresas da oscilação do dólar, permitem alavancagem e possibilitam ganhos ou perdas com base em expectativas de mercado.
São utilizados por grandes instituições financeiras, fundos de investimento, traders autônomos e até por empresas que desejam apenas proteger suas margens.
Neste artigo, você vai entender o que são derivativos, como funcionam, seus principais tipos, precificação, riscos e sua importância para investidores.
Principais pontos
Derivativos são contratos baseados em ativos como ações, moedas e commodities.
Os principais tipos são futuros, opções, swaps e contratos a termo.
A precificação leva em conta tempo, volatilidade e taxas de juros.
Apesar das vantagens, envolvem riscos como alavancagem e complexidade.
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Derivativos são contratos financeiros cujo valor é derivado de um ativo subjacente, como ações, moedas, taxas de juros, commodities ou índices.
Ao contrário da compra direta desses ativos, os derivativos permitem ao investidor negociar com base nas expectativas futuras de preço, sem necessariamente adquirir o ativo em si.
Na prática, um derivativo é uma aposta estruturada: duas partes acordam comprar ou vender algo no futuro, por um preço fixo, dependendo do mercado.
Eles podem ser usados para três grandes fins:
Hedge: proteger contra oscilações de preço
Especulação: apostar em tendências de mercado
Arbitragem: lucrar com diferenças de preço entre mercados
Existem diferentes tipos de derivativos, e cada um atende a objetivos específicos, como proteção, especulação ou gestão de riscos financeiros.
São contratos padronizados negociados em bolsas (como a B3), com datas de vencimento, tamanhos e ativos definidos.
O investidor se compromete a comprar ou vender um ativo no futuro por um preço acordado hoje.
Exemplo: comprar um contrato futuro de dólar a R$ 5,00 esperando vendê-lo a R$ 5,20.
Parecidos com os futuros, mas negociados no mercado de balcão (OTC). São personalizáveis em valor, vencimento e ativo.
Por isso, não têm ajustes diários como os futuros, e o risco de contraparte é maior.
Dão ao comprador o direito (não a obrigação) de comprar (call) ou vender (put) um ativo a um preço fixo até uma data determinada.
O vendedor (lançador) tem a obrigação de honrar o contrato caso o comprador exerça a opção.
Contratos onde duas partes trocam fluxos financeiros.
Exemplo: uma empresa que paga juros pós-fixados pode querer trocar por juros prefixados para se proteger de alta da Selic. Muito usados para hedge de taxa de juros ou moeda.
Compreender os principais elementos dos derivativos é essencial para evitar erros operacionais e calcular riscos corretamente:
Ativo Subjacente: é o bem ou índice que dá valor ao derivativo, como ações, moedas ou commodities.
Preço de Exercício (strike): valor acordado para a compra ou venda do ativo na data de vencimento.
Data de Vencimento: é quando o contrato expira e deve ser liquidado.
Margem de Garantia: quantia exigida como segurança para cobrir possíveis prejuízos da operação.
Liquidação: pode ocorrer com a entrega do ativo (liquidação física) ou pelo ajuste financeiro da diferença de valores (liquidação financeira).
Taxas de Swap: custos cobrados diariamente por manter posições abertas, especialmente em operações alavancadas ou de longo prazo.
Os derivativos funcionam como contratos que ganham ou perdem valor conforme o comportamento do ativo subjacente, permitindo diferentes estratégias no mercado.
Hedgeadores: usam derivativos para proteger seus ativos ou receitas de oscilações indesejadas. Exemplo: uma exportadora que vende dólar futuro para garantir um câmbio mínimo.
Especuladores: buscam lucrar com a variação de preços, operando com base em análises técnicas ou projeções de mercado.
Arbitradores: identificam discrepâncias de preços entre diferentes mercados ou ativos e operam simultaneamente para lucrar com a diferença.
Um produtor de soja teme a queda no preço da commodity nos próximos meses. Para se proteger, ele vende contratos futuros de soja na B3.
Se o preço realmente cair, ele perde na venda física, mas compensa esse prejuízo com o ganho nos contratos, mantendo o caixa equilibrado.
O valor de um derivativo não é fixo: ele muda o tempo todo com base em variáveis de mercado e no tempo até o vencimento.
A precificação dos derivativos leva em conta o preço atual do ativo, o tempo até o vencimento, a volatilidade esperada e as taxas de juros.
Além disso, o custo de carregamento, como taxas e ajustes, também influencia o preço final do contrato.
Black–Scholes: modelo clássico usado para calcular o preço justo de opções europeias com base em variáveis como preço do ativo, taxa de juros, tempo e volatilidade.
Modelo Binomial: mais flexível, permite simular diferentes caminhos possíveis para o preço do ativo até o vencimento, ideal para opções americanas.
GARCH e Monte Carlo: modelos mais sofisticados, usados por instituições financeiras para simular cenários complexos de risco e retorno com alta precisão.
Os derivativos permitem montar estratégias personalizadas para proteger, diversificar ou potencializar os resultados dos investimentos.
Consiste na compra de uma opção de venda (put) para proteger uma ação em carteira contra quedas. Caso o papel desvalorize, o investidor ainda pode exercer a opção e limitar as perdas.
Nessa estratégia, o investidor que já possui ações vende opções de compra (calls) para gerar receita extra. Se a ação subir além do preço da opção, o lucro é limitado, mas ele garante o prêmio recebido.
Combinação de put e call: compra-se uma put para proteção e vende-se uma call para ajudar a financiar o custo. Ideal para proteger ativos sem gastar demais.
Muito usados por day traders e scalpers, os contratos futuros permitem alavancar posições e operar movimentos curtos com alta liquidez.
Instituições financeiras aproveitam diferenças de preços entre moedas, taxas ou mercados para realizar trocas (swaps) e obter ganhos com a arbitragem.
Derivativos são poderosos, mas aumentam a exposição a riscos se usados sem critério.
Alavancagem: permite operar com pouco capital, mas amplia perdas rapidamente em movimentos contrários.
Volatilidade: contratos são sensíveis a oscilações bruscas, que podem mudar o cenário em minutos.
Risco de Contraparte: comum no mercado OTC, onde não há garantia de liquidação.
Risco Regulatório: mudanças nas regras ou tributações podem afetar contratos e estratégias em andamento. Risco de Liquidez: alguns derivativos têm baixa negociação, dificultando a saída da posição.
Risco Operacional: falhas humanas ou tecnológicas podem comprometer toda a operação.
Como qualquer ferramenta financeira, os derivativos apresentam pontos fortes e limitações. Saber equilibrar esses fatores é essencial para usá-los com segurança e eficiência.
Vantagens
Desvantagens
Permite hedge sofisticado
Exige conhecimento técnico
Alavancagem potencializa retorno
Potencial de perdas amplificadas
Acesso a ativos difíceis de negociar
Complexidade operacional e matemática
Flexibilidade para estratégias diversas
Riscos de contraparte e liquidez em OTC
Derivativos podem ser negociados em mercados organizados ou no balcão, e cada formato tem suas particularidades e níveis de risco.
Bolsas como a B3 e a CME oferecem contratos padronizados com liquidez, transparência e segurança.
As operações são registradas, há ajuste diário via chamada de margem e a câmara de compensação garante o cumprimento dos contratos.
No OTC, os contratos são personalizados entre as partes, com termos sob medida. Em contrapartida, há menor transparência, mais risco de inadimplência e menor liquidez.
Esse modelo é mais comum entre bancos e grandes instituições financeiras.
O mercado internacional de derivativos é altamente desenvolvido e movimenta trilhões de dólares diariamente, especialmente nos Estados Unidos e na Europa.
Nessas regiões, os instrumentos mais comuns incluem swaps de crédito, derivativos de taxas de juros e produtos mais sofisticados, como opções asiáticas, opções de barreira e contratos estruturados.
Esses produtos são amplamente utilizados por bancos de investimento e grandes fundos para hedge, arbitragem e estratégias complexas.
Instituições como JPMorgan, Goldman Sachs e Deutsche Bank mantêm mesas especializadas dedicadas exclusivamente à negociação desses ativos, com operações de alta frequência e uso intensivo de modelos quantitativos.
No Brasil, a CVM e o Banco Central supervisionam o uso de derivativos, exigindo margem de garantia e reportes periódicos.
Já no mercado internacional, órgãos como a SEC (EUA) e a ESMA (Europa) ditam as normas.
Após a crise de 2008, houve aumento da transparência dos contratos OTC com iniciativas como a centralização de swaps em clearing houses.
O mercado de derivativos também acompanha a transformação digital e as mudanças globais, incorporando novas tecnologias e preocupações socioambientais às suas estruturas.
Tokenização de Derivativos: plataformas DeFi replicam contratos em blockchain, com mais acessibilidade, transparência e sem intermediários.
IA na Precificação: algoritmos com inteligência artificial ajustam modelos em tempo real, aumentando a precisão e gestão de risco.
Commodities ESG: derivativos ligados a créditos de carbono e energia limpa ganham espaço com a demanda por investimentos sustentáveis.
Entrar no mercado de derivativos exige preparo. Para evitar prejuízos e tomar decisões mais conscientes, siga algumas boas práticas desde o início:
Estude muito: comece por contratos simples, como opções, e utilize simuladores para entender a dinâmica dos preços sem arriscar capital real.
Controle de risco: sempre defina um stop-loss e estabeleça limites de exposição por operação.
Evite alavancagem no início: operar com dinheiro emprestado aumenta o risco e exige domínio técnico — vá com calma.
Analise a liquidez: contratos pouco negociados dificultam a entrada e saída da operação.
Fique atento aos vencimentos: cada derivativo tem prazos e custos para manter a posição (como ajustes ou taxas).
Monitore o calendário econômico: decisões como Copom, FOMC ou divulgação de indicadores (como Payroll) podem provocar forte volatilidade.
Derivativos não são um bicho de sete cabeças mas exigem atenção, preparo e estratégia. Eles ampliam possibilidades de proteção e retorno, mas também os riscos.
O segredo está no conhecimento: quanto mais você entende o funcionamento dessas engrenagens, mais domínio você tem sobre o mercado.
Se você quer avançar na sua jornada como investidor, os derivativos são um passo inevitável e potencialmente transformador.
Comece com cautela, pratique em simuladores e, quando estiver pronto, utilize essas ferramentas como um verdadeiro estrategista.
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São contratos financeiros baseados no valor de ativos como ações, moedas ou commodities.
Contratos futuros, contratos a termo, opções e swaps.
Sim, mas é recomendável começar com contratos simples e usar simuladores.
Com base no preço do ativo, tempo até o vencimento, volatilidade e taxas de juros
Alavancagem, volatilidade, baixa liquidez e risco de contraparte no mercado OTC.
Na bolsa os contratos são padronizados e seguros; no balcão, são personalizados e mais arriscados.
Isadora Arantes Pinheiro
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Isadora é uma copywriter brasileira especializada em mercado financeiro e tecnologia. Com mais de 2 anos de experiência, ela combina profundo conhecimento técnico com uma abordagem estratégica, tornando conteúdos complexos acessíveis e cativantes para o público.
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