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Escrito por Isadora Arantes Pinheiro
Atualizado 2 de Outubro de 2025
Índice
P/L (Preço/Lucro) é um dos indicadores mais populares da análise fundamentalista.
Para quem está começando a investir em ações, ele costuma ser o primeiro passo na hora de avaliar se uma empresa está cara, barata ou dentro de um preço considerado justo pelo mercado.
Apesar de ter uma fórmula simples, o P/L exige atenção na hora da interpretação.
Ele funciona como um termômetro: mede quanto o investidor está disposto a pagar hoje por cada real de lucro gerado pela empresa.
Mas cuidado, entender o número isoladamente pode levar a conclusões equivocadas.
Neste artigo, você vai aprender exatamente como funciona o P/L (Preço/Lucro), como calcular, interpretar e aplicar esse indicador com clareza.
Principais pontos
O P/L indica quantos anos levaria para recuperar o investimento com base no lucro atual da ação.
P/L alto ou baixo depende do setor e das perspectivas da empresa, não é sinal direto de oportunidade ou risco.
Comparações de P/L devem ser feitas entre empresas do mesmo setor.
Use o P/L com outros indicadores como EV/EBITDA, PEG e ROE para ter uma análise mais completa.
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O P/L é um dos múltiplos de valuation mais populares do mercado financeiro.
Ele indica quantas vezes o lucro líquido anual de uma empresa está embutido no seu preço de mercado.
Em outras palavras, mostra quantos anos levaria para recuperar o valor investido na ação, considerando que o lucro atual se mantenha constante.
A fórmula é simples:
P/L = Preço da Ação / Lucro por Ação (LPA)
É um índice fundamentalista que ajuda o investidor a entender se está pagando um preço justo, excessivo ou abaixo do valor que a empresa entrega em resultados financeiros.
Quanto menor o P/L, em tese, mais barata a ação está, mas não é tão simples assim.
Embora o P/L (Preço/Lucro) seja um dos indicadores mais conhecidos da análise fundamentalista, ele está longe de ser o único e, em muitos casos, não é o mais completo.
Cada múltiplo de valuation revela uma camada diferente da saúde financeira e do potencial de uma empresa.
Indicador
O que mede
Ponto forte
Limitação
Quando usar
P/L (Preço/Lucro)
Relação entre preço da ação e lucro por ação (LPA)
Simples, intuitivo, bom ponto de partida
Assume lucros estáveis; distorcido com lucro negativo
Comparar empresas lucrativas do mesmo setor
EV/EBITDA
Valor da empresa (enterprise value) sobre lucro operacional
Avalia eficiência operacional sem distorções contábeis
Ignora crescimento futuro; não considera impostos e depreciação
Comparar empresas com estruturas de capital diferentes
PEG Ratio
P/L ajustado pelo crescimento esperado dos lucros
Considera crescimento futuro, mais completo que o P/L
Difícil estimar crescimento com precisão
Avaliar se um P/L alto se justifica pelo crescimento esperado
ROE
Retorno sobre o patrimônio líquido do acionista
Mede eficiência da gestão no uso do capital próprio
Pode ser inflado com alta alavancagem
Avaliar rentabilidade e eficiência da gestão
Dividend Yield
Retorno em dividendos sobre o preço da ação
Importante para estratégia de renda passiva
Não reflete valorização da ação nem sustentabilidade dos dividendos
Comparar ações com foco em geração de renda recorrente
Vamos a um exemplo prático.
Imagine a ação da empresa XPTO sendo negociada a R$ 30,00 e seu lucro por ação (LPA) no último ano foi de R$ 3,00.
P/L = R$ 30,00 / R$ 3,00 = 10
Isso significa que o investidor está pagando 10 vezes o lucro anual da empresa para comprar essa ação. Em teoria, levaria 10 anos para recuperar o valor investido, considerando lucros constantes.
Agora, considere outra ação que custa R$ 20,00, mas com LPA de R$ 2,00. O P/L seria 10 também.
Mesmo múltiplo, empresas diferentes, e aqui começa a nuance da análise de ações: o contexto setorial, a gestão, a recorrência dos lucros e o valor de mercado fazem toda a diferença.
Um P/L elevado indica que o mercado tem grandes expectativas de crescimento futuro da empresa.
Isso pode ser visto em empresas de tecnologia ou startups listadas, onde os lucros atuais ainda são baixos, mas há uma expectativa de explosão de receita no futuro.
Porém, nem sempre isso se concretiza e pagar caro por uma promessa pode custar caro ao investidor.
Já um P/L baixo pode indicar uma ação descontada ou, ao contrário, uma empresa com dificuldades operacionais.
Bancos em momentos de crise, por exemplo, podem ter lucros pressionados, reduzindo o P/L, mas com riscos embutidos.
O segredo está na contextualização: P/L baixo nem sempre é sinônimo de oportunidade.
Um P/L negativo acontece quando a empresa apresenta prejuízo no período analisado.
Nesse caso, o indicador perde sentido, pois não é possível estimar o número de anos necessários para recuperar o valor investido com base em lucros inexistentes.
Esse sinal pode indicar problemas mais sérios, ou ser apenas um resultado pontual. Por isso, o histórico é crucial.
O P/L é útil, mas não é infalível. Ele assume que os lucros se manterão constantes no futuro, o que raramente acontece.
Além disso, empresas com lucros por ação irregulares, margens instáveis ou modelos de negócio cíclicos distorcem o indicador.
Outros fatores externos também afetam a análise: mudanças na política monetária, crises econômicas ou eventos extraordinários podem inflar ou comprimir o lucro, alterando artificialmente o P/L.
Outro ponto importante: empresas que realizam recompra de ações tendem a aumentar o LPA e, consequentemente, reduzir o P/L, sem que isso represente uma melhoria real no desempenho do negócio.
Um dos principais erros dos investidores iniciantes é comparar o P/L de empresas de setores diferentes.
Uma fintech com P/L 60 não pode ser comparada diretamente a uma seguradora com P/L 12. Cada setor tem uma média histórica que serve de parâmetro.
Exemplo prático:
Empresa A (Tecnologia): P/L de 45
Empresa B (Bancos): P/L de 11
Empresa C (Energia): P/L de 6
Nesse cenário, o P/L alto da empresa A pode ser normal dentro do setor, já que há forte expectativa de crescimento.
Já um banco com P/L 11 pode estar em linha com a média histórica. Comparar esses múltiplos sem contexto leva a conclusões erradas.
O ideal é fazer um comparativo entre ações dentro do mesmo setor e, se possível, com empresas de porte semelhante.
Apesar de semelhantes na sigla, P/L (Preço/Lucro) e P&L (Profit and Loss) são conceitos totalmente distintos e confundidos com frequência por quem está começando a investir.
O P/L é um múltiplo de valuation, usado para analisar ações.
Ele relaciona o preço de mercado de uma ação com o lucro por ação (LPA), oferecendo uma estimativa de quantos anos seriam necessários para recuperar o investimento, considerando os lucros atuais.
É um indicador pontual, usado para comparar empresas e avaliar se uma ação está cara ou barata.
Já o P&L, sigla em inglês para Profit and Loss, ou Demonstrativo de Resultados (DRE) é um relatório contábil completo.
Ele detalha todas as receitas, custos, despesas operacionais e financeiras de uma empresa em um determinado período.
O P&L mostra o caminho do faturamento até o lucro (ou prejuízo) líquido e é uma das principais demonstrações financeiras analisadas por investidores e analistas.
Ou seja: enquanto o P/L resume uma relação entre preço e lucro, o P&L revela como esse lucro foi construído.
Ambos são importantes, mas têm funções bem diferentes. Aliás, sem o P&L, não seria possível calcular o P/L, já que é nele que está o dado-base: o lucro líquido.
O P/L (Preço/Lucro) é um excelente ponto de partida, mas não deve ser o único critério na hora de escolher uma ação.
Interpretar esse indicador com responsabilidade exige contexto, comparações e uma visão mais ampla da empresa e do setor.
Abaixo, veja algumas boas práticas para usar o P/L de forma inteligente na sua estratégia de investimento:
Sozinho, ele pode induzir a conclusões erradas.
Sempre combine com outros indicadores, como EV/EBITDA (para entender o desempenho operacional), ROE (eficiência do capital próprio) e PEG (que considera crescimento dos lucros futuros).
Um bom P/L depende da consistência dos resultados. Empresas com lucros voláteis tornam a análise menos confiável e podem esconder riscos maiores.
O P/L só faz sentido quando analisado dentro do setor. Empresas do mesmo segmento e porte costumam ter múltiplos parecidos e grandes discrepâncias merecem atenção.
Ele é útil para selecionar empresas com base inicial no valuation, mas a decisão final precisa considerar a saúde financeira completa, governança, potencial de crescimento e riscos.
Nestes casos, o P/L pode ficar distorcido ou até mesmo negativo, perdendo sua função prática.
Aqui, o investidor deve olhar com mais profundidade o P&L, o modelo de negócio e os planos futuros da empresa.
O P/L (Preço/Lucro) é um dos indicadores mais consultados da análise fundamentalista por um motivo claro: ele resume, em uma única relação, o quanto o mercado valoriza o lucro de uma empresa.
Fácil de calcular, útil para comparar ações e intuitivo para iniciantes, o P/L é um excelente ponto de partida. Mas como qualquer indicador, ele tem limitações.
Usá-lo de forma inteligente significa entender seu contexto, combinar com outros dados e, acima de tudo, manter o senso crítico.
Afinal, investir é interpretar o que os números realmente contam sobre o futuro de uma empresa.
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É o indicador que mostra quantas vezes o lucro de uma empresa está embutido no preço da ação.
Indica prejuízo. É um sinal de alerta e deve ser analisado com cautela.
Depende do setor. O ideal é compará-lo com concorrentes e com a média histórica.
P/L é um indicador de valuation. P&L é o demonstrativo de resultados da empresa.
Só para empresas lucrativas. Em casos de prejuízo, o indicador perde sentido.
Combinando com outros múltiplos, avaliando o setor e observando o histórico da empresa.
Isadora Arantes Pinheiro
SEO Content Writer
Isadora é uma copywriter brasileira especializada em mercado financeiro e tecnologia. Com mais de 2 anos de experiência, ela combina profundo conhecimento técnico com uma abordagem estratégica, tornando conteúdos complexos acessíveis e cativantes para o público.
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